quarta-feira, 24 de março de 2010

Um personagem

"Os "sans-culottes" [foram] um movimento disforme, sobretudo urbano, de trabalhaãores pobres, pequenos artesãos, lojistas, artífices, pequenos empresários etc. Os sans-culottes eram organizados, principalmente nas "seções" [bairros mais populares] de Paris e nos clubes políticos locais, e forneciam a principal força de choque da revolução - eram eles os verdadeiros manifestantes, agitadores, construtores de barricadas. Através de jornalistas como Marat e Hébert, através de porta-vozes locais, eles também formularam uma política, por trás da qual estava um ideal social contraditório e vagamente definido, que combinava o respeito pela (pequena) propriedade privada com a hostilidade aos ricos, trabalho garantido pelo governo, salários e segurança social para o homem pobre, uma democracia extremada, de igualdade e de liberdade, localizada e direta."
Eric Hobsbawm. A Era das Revoluções.


Esses tipicos revolucionários se distinguiam dos demais também pela roupa. Por não usarem os calções (bermudas) típicos da aristocracia, mas sim calças compridas, acabaram ganhando o apelido de "sem-calção".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Segundo o dicionário, liberdade de pensamento é o "direito que cada um tem de expor suas opiniões, crenças e doutrinas", e este direito é garantido aqui. No entanto, qualquer comentário sexista, racista ou de algum modo ofensivo será apagado.